Caderno de Sociologia - Segundo Ano (Ensino Médio)

25/03/2012 18:02

Aí meus queridos amigos, está postado o conteúdo do primeiro bimestre sobre os sistemas econômicos, seguindo junto algumas charges de brinde para refletir.

 

FEUDALISMO

* O feudalismo é um sistema ecônomico, político e social fundamentado na posse de terras. Nesse sistema não existia comércio, pois as relações eram a base de trocas direta de produtos (escâmbo), e toda produção era destinada ao sustento local.

* As relações de trabalho se realizava entre o senhor feudal (dono da terra que fazia parte da burguesia), e do outro lado o servo ou camponês, que era subordinado ao senhor feudal. O servo trabalhava nas terras do senhor feudal e pagava aluguel pelo uso das ferramentas com uma porcentagem dos produtos que ele produzia, além de trabalhar 3 dias por semana de graça para o senhor feudal.

* O servo devia gratidão ao senhor feudal pelo trabalho e proteção, essa relação de dependência dá-se o nome de "vassalagem". Nesse período não existia trabalho assalariado, o que resultava numa dependência total entre senhor e servo.

 

MAX WEBER - A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO

* Foi um dos fundadores da fase moderna das ciências sociais, Max, não é apenas um dos mais eminentes analistas da sociedade moderna, como também um dos maiores pensadores de todos os tempos. Na sua obra " A ética protestante e o espírito do capitalismo", Weber, nos dá a medida cultural qual levou o protestantismo a preparar o berço para o capitalismo nascer. Seu ensaio é a passagem da idade média para a idade moderna, por isso que a leitura de seu livro é fundamental para a compreensão das estruturas que compõe nossa sociedade.

 

FATORES QUE LEVARAM O FEUDALISMO A ENTRAR EM CRISE

* Peste Negra

* Falta de mão-de-obra

* Fome

* Alta nos preços dos produtos agrícolas

* Superexploração do camponês

* Revolta dos camponeses

* A reforma protestante com o ideal de que lucrar não era pecado

* Crescimento de um novo grupo nas cidades: a burguesia

 

O CONCEITO DE TRABALHO

  * O mito de Sísifo apresenta um mortal que desafiou os deuses; quando capturado sofreu uma punição: para toda eternidade, ele teria de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha; a pedra então rolaria para baixo e ele novamente teria que começar tudo. Sísifo é o ser que vive a vida ao máximo, odeia a morte e é condenado a uma tarefa sem sentido. Não obstante, reconhecendo a falta de sentido, Sísifo continua executando sua tarefa diária.

* Tal mito serve para trabalhar uma metáfora sobre a vida moderna, como trabalhadores em empregos fúteis em fábricas e escritórios. "O operário de hoje trabalha todos os dias em sua vida, faz as mesmas tarefas. Esse destino não é menos absurdo, mas é trágico quando em apenas nos raros momentos ele se torna consciente"

 

O QUE É TRABALHO?

* No mito Bíblico, a ideia de trabalho está relacionada à maldição divina, como castigo decorrente do pecado original, "Ganharás o teu pão com o suor do teu rosto" (Gênesis 3:19), retrata que é por meio de um esforço doloroso que o homem sobrevive na natureza. Mas a palavra trabalho não tem uma explicação clara do que vem a ser, mas a palavra derivou do latim "Tripalium", que era um instrumento agrícola utilizado pelos romanos para bater o trigo, as espigas de milho ou o linho. Com o tempo, Tripalium foi relacionado com um instrumento de tortura medieval, juntamente com o verbo "Tripaliare", que significa "torturar".

* Durante boa parte da História, o trabalho foi visto como atividade desvalorizada, considerado pelos gregos antigos, como a expressão da miséria humana. Para os romanos o trabalho era destinado somente aos escravos e servos, e era considerado algo vil, oposto ao lazer e às atividades intelectuais.

* Somente na modernidade, com mudanças profundas pela qual a sociedade européia passou, é que o trabalho passou a ser valorizado. O trabalho passa a ser visto como um estímulo para o desenvolvimento dos seres humanos, e como uma expressão da personalidade humana ao se tornar o sujeito um criador por sua atividade. Com os estudos de economista e filósofos, como John Locke (1632 - 1704), Adam Smith (1723 - 1790) e David Ricardo (1779 - 1823), o trabalho começou a ser exaltado como fonte de toda riqueza e valores sociais.

 

O CAPITALISMO

* é um sistema econômico, político e social onde os empresários (proprietários dos meios produtivos), permitem que esta produção seja comercializada num mercado, onde as transações são de natureza monetária. Segundo os seus defensores, é o meio mais eficiênte de prosperidade, desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades, devido ao seguinte argumento: "cada indivíduo depende do seu próprio esforço".

Tio Patinhas no Centro do Universo, traça um paralelo entre a família de patos mais conhecida do universo das histórias em quadrinhos e a sociedade capitalista moderna, na qual cada um dos personagens da fictícia cidade de Patópolis possui um perfil bem definido e tem significativa importância no quadro geral dos acontecimentos sociais.

 

TAYLORISMO

* Frederick Taylor desenvolveu técnicas da qual defendia os interesses capitalistas. Contribuiu com o implante da divisão dos setores e um analista de tempo para cronometrar a produção fabril.

 

FORDISMO

* Henry Ford desenvolveu a linha de montagem. Esta tecnologia trouxe o aumento da produtividade com mais rapidez. Nele o operário fica numa posição imóvel e diante dele uma esteira para fazer sua produção.

 

KARL MARX

* "A história de toda sociedade até hoje tem sido a história das lutas de classes".

* Karl Marx, foi um filósofo alemão, economista, construtor do Socialismo e do Comunismo, qual criticava de forma implacável o sistema capitalista e seu modo de produção.

 

O TRABALHO ALIENADO

Segundo Karl Marx, quanto mais o operário produz, menos ele custa para a economia e conseqüentemente mais ele se desvaloriza, chegando ao ponto de se tornar uma mercadoria do capitalismo; este visaria somente o lucro e geraria a sede de riquezas e a guerra entre cobiças, a concorrência. Quanto mais o operário produzir, mais ele esta valorizando o mundo das coisas e desvalorizando o mundo dos homens, tornando-se tanto mais pobre quanto mais riquezas ele produzir. O operário recebe primeiro o trabalho, e depois o meio de subsistência, sendo em primeiro lugar operário e depois pessoa física, tornando-o assim escravo de seu próprio trabalho. A Economia Política esconde a alienação na essência do trabalho porque ela não considera a relação direta entre o operário (trabalho) e a produção. É certo que o trabalho produz maravilhas para os ricos e a privação para o operário. O trabalho transforma o operário numa máquina que não consegue afirmar-se e não se sente à vontade, um infeliz. O operário não desempenha uma atividade física e intelectual livre, mas mortifica seu corpo e arruína seu espírito.O caráter hostil do trabalho manifesta-se nitidamente no fato de que senão houver coação física ou qualquer uma outra, o operário foge do trabalho como uma peste. O homem não se sente mais livremente ativo senão em suas funções animais, transformando-se bestial. Sua vida perde o sentido, pois o homem passa a fazer de sua própria vida simplesmente um meio de subsistência, invertendo com isso a relação que teria com o trabalho, desta forma o trabalho alienado termina por alienar do homem seu próprio gênero. Marx chega a seguinte conclusão: se o produto do trabalho é alienado do trabalhador, por ser algo exterior a ele, a ponto de não lhe pertencer, deve ser então propriedade de outro, que não é evidentemente quem o produziu, nem os deuses e muito menos a natureza, como pensavam os antigos, então logicamente deve ser outro homem que tomou dele aquilo que deveria lhe pertencer. Com isto estão fundadas as bases para a exploração de um homem por outro. O excedente do trabalho alienado termina por dar início ao acúmulo de riquezas e conseqüentemente, o surgimento da propriedade privada. Marx diz haver uma identidade entre a propriedade privada e o salário, e nem mesmo a sugestão da criação de um salário igual para todos resolveria o problema da alienação no trabalho, simplesmente universalizaria a relação do homem com o trabalho, mantendo o salário e a propriedade privada como conseqüências do trabalho alienado.

 

 

A MAIS VALIA

* Através dessa teoria, Karl Marx, prova a exploração do trabalhador. Uma vez pago o sálario de mercado pelo uso da força de trabalho, existe duas estratégias para ampliar a taxa de lucro do burguês: a primeira é estender a jornada de trabalho mantendo o mesmo sálario - o que ele chama de mais-valia absoluta; a segunda se consiste em ampliar a produtividade física do trabalho pela via da mecanização (trabalho alienado) - o que ele chama de mais valia relativa. No processo de produção capitalista, o trabalhador produz muito mais do que o montante correspondente ao seu sálario, esse grande valor que é produzido gerando um lucro absurdo ao patrão é a mais-valia.

 

SOCIALISMO

* É um sistema socio-político qual se baseia na  distribuição igual dos bens produzidos em coletividade. Neste sistema econômico é abolida a propriedade privada e todos se tornam trabalhadores. O objetivo do Socialismo é eliminar as diferenças de classes, a miséria e a burguesia, mantendo como intervensor o "Estado" para o controle social e para fazer a distribuição igual dos bens.

 

COMUNISMO

* É uma ideologia e um sistema econômico, academicamente uma doutrina política que tem por objetivo a criação de uma sociedade sem classes baseada na propriedade comum dos meios de produção, com a abolição da propriedade privada e também a eliminação da presença do Estado. No comunismo não pode existir líder, nenhum tipo de hierarquia, em consequência disso nem a religião poderia existir, tal sistema abriria espaço para o Anarquismo entrar em cena (uma sociedade sem governo).

 

* Ernesto Rafael Guevara de la Serna, conhecido como "Che" Guevara  foi um político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano. Guevara foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana (1953 - 1959) que levou a um novo regime político em cuba com o implante do Socialismo. Ele participou desde então, até 1965, da reorganização do Estado cubano, desempenhando vários altos cargos da sua administração e de seu governo, principalmente na área econômica, como presidente do Banco Nacional e como Ministro da Indústria, e também na área diplomática, encarregado de várias missões internacionais. Convencido da necessidade de estender a luta armada revolucionária a todo o Terceiro Mundo, Che Guevara impulsionou a instalação de grupos guerrilheiros em vários países da América Latina. Entre 1965 e 1967, lutou no Congo e na Bolívia, onde foi capturado e assassinado de maneira clandestina e sumária pelo exército boliviano, em colaboração com a CIA em 9 de outubro de 1967.

* A sua figura desperta grandes paixões, a favor e contra, na opinião pública, e converteu-se em um símbolo de importância mundial. Foi considerado pela revista norte-americana Time uma das cem personalidades mais importantes do século XX. Para muitos dos seus partidários, representa a rebeldia, a luta contra a injustiça social e o espírito incorruptível. Em contrapartida, muitos dos seus detratores o consideram como um criminoso, responsável por assassinatos em massa, e acusam-no de má gestão como ministro da Indústria.